sábado, 8 de agosto de 2015

Coordenação política da Marcha das Margaridas reafirma pautas centrais junto à presidenta Dilma

Foto Roberto Stuckert Filho
A última quinta-feira (06/08) foi de diálogos importantes entre a 5ª Marcha das Margaridas e o Governo Federal. A coordenação política da Marcha recebeu a devolutiva da pauta de reivindicações por parte dos representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello; da Secretaria de Políticas para as Mulheres,  Eleonora Menicucce; e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto.
 Na tarde do mesmo dia, houve uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff, os ministros supracitados, a presidenta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia de Oliveira Falcón, e a secretária executiva do MDA, Maria Fernanda Ramos Coelho. Segundo Beth Cardoso, integrante da coordenação política da Marcha e técnica do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata, questões primordiais contidas na pauta das Margaridas foram reafirmadas nesse diálogo.
Ganharam destaque as políticas de combate à violência contra as mulheres do campo, das florestas e das águas, a reforma agrária, o reconhecimento das mulheres como pescadoras e beneficiárias do Seguro Defeso e de outras políticas específicas, a desburocratização do acesso individual ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a urgência do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara). Foi ainda enfatizada a importância do Plano Nacional de Agroecologia (Planapo) e a necessidade de fortalecê-lo com o fomento para os quintais produtivos de todo o Brasil. 
Afirmando que não se pode “penalizar mais quem sempre teve menos e tratar de forma igual os diferentes”, Beth Cardoso entregou à presidenta a Carta das Margaridas pela Convivência com o Semiárido. O documento defende que os cortes de verbas não ameacem a continuidade dos programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2). “Foi em função dessas ações que nos últimos quatro anos, marcados pela seca mais severa dos últimos 80 anos, milhares de famílias, e mais, milhares de mulheres puderam se manter com dignidade no campo, semeando cidadania e produzindo alimentos”.

A Marcha das Margaridas é uma das maiores manifestações pelos direitos das mulheres e reflete um amplo processo de organização em nível nacional. Estima-se que na próxima semana, nos dias 11 e 12/08, 70 mil ativistas se reúnam no Estádio Mané Garrincha e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

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