quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Oficinas de Multiplicação

Para multiplicar os aprendizados construídos no PFFA, as oficinas de multiplicação estão acontecendo nos municípios da zona da mata e contando com a presença de muitas mulheres.

Dar continuidade aos debates sobre Feminismo e Agroecologia e abordar outros temas demandados pelas mulheres são os principais objetivos.

Os temas das oficinas foram escolhido pelas mulheres dos municípios. Em Ervália, a oficina foi sobre artesanato com palha de café, em Divino foi boas praticas e em Acaiaca foi sobre plantas medicinais.

 Junto com as oficinas, começou a mobilização para a sistematização das cadernetas Agroecologicas, que a partir de janeiro do próximo ano acompanhará de perto a produção da agricultura familiar protagonizadas pelas mulheres participantes do projeto. 

Os próximos municípios a receber as oficinas de multiplicação serão: Diogo de Vasconcelos, Santana do Manhuaçu, Espera Feliz, Simonesia, Araponga, Paula Candido, Rio Branco, Guidoval e Orizania.










segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Saúde Integral é tema do 4º Encontro do MMZML

Acontece, nos dias 5 e 6 de dezembro, o 4º Encontro do Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas, com o tema “Saúde Integral”. O evento receberá mulheres articuladas em grupos ou comissões de mulheres de 16 municípios e tem como objetivos fortalecer as comissões e articular, de forma regional, as lutas comuns das mulheres.
3º Encontro do MMZML em agosto de 2013

Priscila Ladeira, membro do projeto Mulheres e Agroecologia em Rede, afirma que o tema “Saúde Integral” surgiu de um pedido das mulheres. “Na verdade todo o encontro é construído junto com elas, e já existia essa demanda para que o tema saúde fosse aprofundado”.

Na programação estão previstas uma Feira da Saúde Agroecológica com produtos trazidos pelas participantes e uma visita a Casa da Cura. 

Segundo Priscila, as atividades do encontro são uma forma “de perceber que a saúde integral envolve outros elementos, que vão além da ausência da doença, como a saúde da terra, da água, da propriedade, de forma que não agrida o meio ambiente e seja sustentável”.

O Encontro do Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas é uma iniciativa do CTA, em parceria com o projeto Mulheres e Agroecologia em Rede, patrocinado pela União Europeia, e com as Comissões de Mulheres e Sindicatos de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

GT Mulheres da ANA organizam seminário preparatório para o III ENA


Entre os dias 20 e 22 de novembro aconteceu, em Curitiba - PR, o seminário “Mulheres Rumo ao III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA)” que contou com a presença de 80 mulheres representantes de diversas organizações e movimentos sociais ligados à agroecologia, ao feminismo e ao direito das agricultoras familiares e camponesas no Brasil. O seminário foi uma iniciativa do GT Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), em parceria com a União Europeia (UE), Oxfan e Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e teve como objetivos  principais trazer uma reflexão sobre a agroecologia e as políticas públicas e afinar as pautas e os debates para o III ENA, que está previsto para maio de 2014, em Juazeiro - BA.


Programação
No primeiro dia do evento aconteceram as visitas de intercâmbio a diferentes experiências de agroecologia protagonizadas por mulheres em Curitiba e região. Uma delas foi a visita a uma cozinha comunitária, na comunidade Conceição dos Correias, no município de Campo Magro. A cozinha, que surgiu pela articulação da Associação Comunitária com o apoio do governo municipal, tem os objetivos de disponibilizar espaço e equipamentos para o beneficiamento de alimentos, fabricação de pães, polpas de frutas e outros produtos.

As mulheres também visitaram a agroindústria da família Escher que trabalha com produtos lácteos, produção de molho de tomate, fabricação de pães, geleias e beneficiamento de hortaliças. Todos os produtos possuem o certificado de produto orgânico do sistema solidário de certificação participativa da Rede Ecovida de Agroecologia. O selo Ecovida é uma forma de certificação que, além de garantir a qualidade do produto ecológico, permite o respeito e a valorização da cultura local através da aproximação entre agricultores e consumidores e da construção de uma Rede que congrega iniciativas de diferentes regiões.

A agroindústria da família Escher entrega produtos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para  Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e também comercializa em feiras na capital paranaense. Em relação ao acesso ao PAA, uma das coordenadoras do GT Mulheres, Vanessa Schottz, ressaltou que existem estudos indicando que, no Brasil, os produtos beneficiados são feitos pelas mulheres, mas vendidos no CPF dos homens. “Dessa maneira elas continuam invisíveis e não conseguem dominar os processos de comercialização. Épreciso mudar essa realidade.”

Após as visitas de intercâmbio, o grupo de mulheres participou da plenária da “Caravana Agroecológica e Cultural do Sul”, na Universidade Federal do Paraná, para debater, entre outros temas, as políticas públicas, o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e a promoção da segurança alimentar e nutricional.
No segundo e terceiro dias do seminário, a programação contou com uma mesa redonda com o Governo Federal, um debate sobre o crédito para as mulheres rurais e uma mesa sobre Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)para mulheres.

Segundo Vanessa Schottz, o evento cumpriu com o seu objetivo de promover a reflexão sobre a desigualdade no acesso das mulheres rurais às políticas públicas, além de construir propostas concretas para a superação dos diversos bloqueios e entraves. “O debate mostrou, inclusive, que o machismo permanece como um dos principais problemas e que existe uma visão, por parte dos técnicos, de que os projetos devem ser colocados em nome do homem considerado chefe de família. Por isso é tão importante esse diálogo entre o feminismo e a agroecologia, promovido pelo GT Mulheres da ANA.”











segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Comitê técnico do prêmio ODM Brasil avalia projeto Mulheres e Agroecologia

O Projeto Mulheres e Agroecologia em Rede, nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, realizou o Programa de Formação em Feminismo e Agroecologia (PFFA), no município de Espera Feliz. As atividades contaram com a participação de Renata Barreto e Elizabeth Marins, integrantes do comitê técnico do prêmio ODM Brasil. O Projeto foi avaliado dentro de um dos objetivos do milênio: Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.

Renata Barreto elogiou e destacou a importância do Mulheres e Agroecologia em Rede: “Um projeto interessante, principalmente pela conexão que consegue fazer entre um trabalho de base com as mulheres da região, articulando isso com outras regiões que trabalham com agroecologia. Um modelo ideal de intervenção na sociedade civil.”. Outra avaliação positiva foi a de Elisabeth Marins, que ficou bem impressionada com o projeto, pois ele “Dá voz a quem muitas vezes não tem.”.

O Prêmio ODM Brasil  está em sua quinta edição e recebeu 1.090 projetos inscritos. O projeto desenvolvido pelo CTA está entre os 60 selecionados, concorrendo à premiação final, que acontecerá em fevereiro de 2014 e premiará as 30 iniciativas com maior destaque.





sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Reunião da Comissão de Metodologia

A comissão de metodologia do projeto Mulheres e Agroecologia em Rede, entre os dias 22 a 24 de Outubro, realizou um encontro no Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata. O objetivo da reunião foi a articulação do Programa de Formação em Gestão e Empreendimentos Econômicos das Mulheres Rurais (PFG), além de promover uma avaliação do programa e suas atividades já concluídas. O projeto tem abrangência nacional e acontecerá em outras regiões do país, já está em curso na zona da mata mineira e planejada para iniciar suas atividades no próximo ano em outras regiões do sudeste, sul, nordeste e Amazônia.

Participaram da reunião as representantes das redes parceiras do projeto, são elas: GT Mulheres da ANA, Associação Nacional de Mulheres Camponesas (ANMC). Rede de Mulheres Empreendedoras da Amazônia, GT Gênero e Agroecologia, Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e Movimento de Mulheres da Zona da Mara e Leste de Minas (MMZML).

O Mulheres e Agroecologia em Rede contribui para a autonomia politica e econômica das mulheres participantes, visando o empoderamento técnico e politico, para que elas possam ter uma maior incidência nos processos de gestão e monitoramento das politicas publicas voltadas para o desenvolvimento rural. O projeto teve inicio em Março de 2013 e concluiu o primeiro modulo, com o tema Feminismo e Agroecologia como Projeto de Sociedade, em Maio do mesmo ano. Esta em atividade o segundo modulo, com o tema auto-organização e participação das mulheres. 




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Articuladoras do Mulheres e Agroecologia em Rede participam do PFFA em Santana do Manhuaçu


O Programa de Formação que aconteceu nos dias 25 e 26 de outubro, em Santana do Manhuaçu, contou com a presença de três articuladoras das regiões Norte, Nordeste e Sul.  A visita é uma preparação para que elas a apliquem o Programa de Formação Feminismo e Agroecologia em suas regiões a partir de 2014.

Participantes do PFFA
Para Apolônia Gomes da Silva, vinculada a Rede de Produtoras do Pajeú e agora articuladora da rede nordeste, a experiência de vir até a Zona da Mata e acompanhar o PFFA de perto está sendo ótima. De acordo com Apolônia, a metodologia está perfeita e com muitos temas importantes. “É claro que haverá necessidade de algumas adaptações na metodologia de acordo com a nossa realidade. Mas até agora pra mim, esse 1 dia e meio foi fundamental para que eu possa também trabalhar com as mulheres da minha região”

A representante da RMERA (Rede das Mulheres Empreendedoras e Rurais da Amazônia) e articuladora da rede norte, Solange Aparecida de Oliveira, acredita que o tema “Auto Organização e Participação das Mulheres” do segundo é “por estimular a participação social, política e social das mulheres. Tanto no grupo de produção quanto no grupo de mulheres, na associação, nos sindicatos. É uma forma de ajudar a auto-organização das mulheres.”


Adriana Mezadri, do Movimento Mulheres Camponesas e articuladora da região Sul,  enxerga que o programa junta o Feminismo e a Agroecologia que são importantes para as mulheres do meio rural . Sendo um meio delas se reconhecerem nesse processo “ já que que já faziam agroecologia há muito tempo e não sabiam que era agroecologia” Para Adriana,  nós temos que praticar a agroecologia construindo o feminismo como uma identidade de luta pela libertação e emancipação das mulheres.


Apolônia Gomes da Silva registrando os momentos do PFFA
Solange Aparecida de Oliveira se apresentando ao grupo na Rádio
Adriana Mezadri comendo jabuticaba e ajudando na organização do PFFA


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"Auto - Organização e Participação das Mulheres" é tema do segundo Módulo do PFFA




Começou em Orizânia, nos dias 23 e 24 de setembro, o Segundo módulo do Programa de Formação Feminismo e Agroecologia.  Estavam presentes cerca de 30 mulheres da região Orizânia e Divino que puderam debater o tema "Auto - Organização e Participação das Mulheres".

A programação contou com dinâmicas que tinham como discussão central a participação da mulher na sociedade, para auxiliar o debate, foram exibidos os vídeos “Vida de Margarida” e “Mulheres e o Mundo do Trabalho”.

A apresentação da Caderneta Agroecológica foi feita por um pequeno teatro que ensinava e incentiva as mulheres a registrar e controlar a produção dos seus empreendimentos ao longo o mês.

A Rádio Prosa entrou nos momentos de descontração onde as participantes podiam pedir música e mandar recadinhos. A noite, o momento de confraternização foi com muita comida e música boa!!
Vale lembrar que o segundo módulo do Programa de Formação ainda será realizado nas cidades de Viçosa, Simonésia, Acaiaca e Espera Feliz. 








Primeiro Modulo do Programa de Formação Feminismo e Agroecologia (PFFA)


O primeiro modulo do Programa de Formação Feminismo e Agroecologia (PFFA) realizou suas atividades entre os meses de março e junho de 2013. O objetivo de superar as desigualdades de gênero a partir da possibilidade de maior acesso das mulheres rurais as politicas publicas voltadas para a agricultura familiar, foi trabalhado no desenvolvimento de várias atividades dinâmicas que visam contribuir para a reflexão, debate e formação do senso critico das mulheres envolvidas no projeto.

As atividades do primeiro modulo do programa foram bem didáticas e dinâmicas. Entre as atividades promovidas destacamos o Intercambio que possibilitou visitas as outras propriedades de agricultura familiar, a elaboração do mapa da sociobiodiversidade que é um desenho feito pelas mulheres retratando a propriedade e a produção familiar, que demonstra  e valoriza o trabalho das mulheres. Outra dinâmica do primeiro modulo foi a arvore dos problemas, na qual foram discutidas as origens dos problemas da sociedade e suas possíveis soluções. Além dessas atividades foram distribuídas cadernetas agroecológicas, ensinando e incentivando as mulheres a registrar e controlar a produção ao final de cada mês. 

Além das metodologias usadas no programa que buscaram a integração, sociabilização e formação politica, os encontros contaram também com espaços culturais, a rádio Prosa Boa e o Cine Prosa Boa, que foram momentos reservados para as manifestações artísticas locais, musicas, filmes e uma programação descontraída a cerca dos temas de agroecologia e feminismo.

O Segundo modulo do Programa Inicia em outubro e contará com novas metodologias participativas com temas sobre Feminismo e Agroecologia.