quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Autonomia Econômica, Trabalho e Renda é tema de painel na 5ª Marcha das Margaridas

“O trabalho da mulher muitas vezes é invisível. E no meio rural não é diferente”, discursou Beth Cardoso, representante do Grupo de Trabalho (GT) de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), na V Marcha das Margaridas, que aconteceu no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília na última semana.

Dentro da programação da Marcha, aconteceram painéis temáticos que incentivaram as mulheres a debaterem um pouco mais sobre os temas: Enfrentamento à violência contra as mulheres do campo, da floresta e das águas; Mulheres na luta por autonomia econômica, trabalho e renda; Mulheres em defesa da sociobiodiversidade e acesso aos bens comuns e Mulheres rurais guardiãs da cultura camponesa.


No painel “Mulheres na luta por Autonomia econômica, Trabalho e Renda” foram debatidos problemas que afetam direta ou indiretamente as mulheres como: a carência na assistência técnica, falta de educação com qualidade, dificuldade de acesso à terra e a recursos financeiros, falta de água, entre outros. Beth Cardoso que também fez parte da Coordenação Política da Marcha compôs a mesa de discussão deste espaço. Segundo a representante do GT da ANA, as mulheres se empenham muito mais no trabalho doméstico e na produção dos alimentos que elas e suas famílias consumem. Por isso é tão importante lutar em defesa da necessidade das políticas públicas voltadas à autonomia financeira das mulheres rurais.

Durante sua fala, Beth Cardoso ainda explicou também que, na luta pela visibilidade da mulher, no Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA) utiliza-se a Caderneta Agroecológica. Este instrumento contabiliza a produção das mulheres, valoriza a diversidade desta produção e é uma forma de trazer a autonomia das agricultoras familiares.

Jucélia Bittencourt que participa da Secretaria da Mulher de São Paulo esteve presente neste espaço e disse que foi um momento muito produtivo e importante para as mulheres: “Foi um debate intenso e importante. Percebemos a diversidade de situações existentes no Brasil inteiro. Porque aqui encontramos mulheres de todos os estados. Aqui, se estendem as lutas, damos as mãos as nossas companheiras e abraçamos todos os problemas, transformando tudo isso numa luta só”.

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