sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CTA e Unicafes planejam ações conjuntas voltadas para mulheres

Representantes do projeto Mulheres e Agroecologia em Rede e das Secretarias Estaduais de Gênero, Geração e Formação da União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) se reuniram na última terça-feira (24/02), no Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA). O objetivo do encontro foi estabelecer parcerias entre as entidades para fortalecer as ações específicas com mulheres na Zona da Mata e Leste de Minas Gerais.

Assessora de Gênero, Isabela Pasini, explica que a Unicafes é formada por cooperativas de crédito, de produção e comercialização e que o trabalho de gênero será focado nas demandas que as próprias mulheres têm apresentado na região. Ampliar espaços de comercialização e acesso às políticas públicas, fortalecer o reconhecimento das mulheres como produtoras de alimentos e a inovação de produtos, incentivar a formalização dos grupos produtivos, contribuindo no planejamento e na melhoria da estrutura de produção, e oferecer oficinas temáticas são algumas das necessidades levantadas.


O CTA atua há 27 na Zona da Mata e desde 2000 vem se empenhando em ações específicas para mulheres. Além de fortalecer o Movimento de Mulheres, estão sendo executados os projetos "Mulheres e Agroecologia em Rede", o Ater Agroecologia, o projeto Ecoforte, entre outras iniciativas voltadas para o público misto, que contribuem para a promoção da agroecologia e da igualdade de gênero nos territórios. A expectativa é que a parceria entre as organizações potencialize os trabalhos da Unicafes e do CTA e resulte em ganhos concretos para as mulheres da Zona da Mata e do Leste de Minas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas planeja ações para 2015

O Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas Gerais (MMZML), articulação regional que reúne 15 municípios, se reuniu ontem e hoje (10 e 11/02), no Centro de Tecnologias Alternativas (CTA). Mais de 20 mulheres representaram suas comunidades no primeiro encontro de 2015, que teve como objetivo o planejamento estratégico das ações do movimento para todo o ano.


A agricultora Maria de Fátima Vieira Calinçani (54) volta para o município dela, Santa Margarida, cheia de vontade de repassar o que aprendeu. “Eu gosto demais de vir aqui, já é o segundo ano seguido que eu venho ao CTA. As atividades que a gente faz e aprende ajudam muito a conseguir ensinar outras mulheres lá da comunidade”,  conta a margaridense.
Buscando fortalecer a articulação regional e as comissões de mulheres nos municípios, o número de coordenadoras para três sub-regiões foi ampliado, agrupando as cidades mais próximas. A primeira sub-região engloba Acaiaca, Araponga, Diogo de Vasconcelos, Ervália, Guidoval, Paula Cândido, Viçosa e Visconde do Rio Branco, sendo coordenada por Maria Irani. A segunda terá a coordenação da agricultora Renata Amorim e abarca as cidades de Caparaó, Divino, Espera Feliz e Orizânia. A agricultora Sônia Aparecida representa o terceiro grupo de municípios: Santana do Manhuaçu, Santa Margarida e Simonésia.   

A trabalhadora rural Solange Borges Peron (38) da Comunidade de Fátima, em Espera Feliz, considerou muito proveitosa a oportunidade de estar em contato com as lideranças do MMZML. Para ela esse “é um momento muito importante porque a gente pode trazer as propostas de lá da nossa comunidade e discutir com as companheiras de vários outros municípios que também dividem suas lutas e anseios nos muitos debates que temos aqui. Esse momento é de muita reflexão, de colocar os pontos positivos e negativos dos nossos sindicatos e comunidades para fortalecer o nosso Movimento de Mulheres”.
Dentre os assuntos debatidos, foi programada a agenda de participação das mulheres em eventos de abrangência estadual e nacional, como a Marcha das Margaridas, a Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, o Encontro Mineiro dos Movimentos Sociais, e os atos e celebrações do Dia Internacional da Mulher. Também foram apresentados os projetos aprovados que beneficiarão as agricultoras participantes do Movimento de Mulheres. São eles: o EcoForte, a Assistência Técnica e Extensão Rural ATER-Agroecologia e o Cáritas do Fundo Nacional de Solidariedade.


Também fizeram parte da programação: uma oficina com receita e degustação de acarajé, facilitada pela baiana e voluntária do CTA, Claudemira Costa Luz; apresentação de alguns resultados da pesquisa feita nos quintais agroecológicos manejados por mulheres, a partir da Caderneta Agroecológica; e uma atividade de capacitação do Teatro do Oprimido, na modalidade do Teatro Fórum, que motiva a discussão e a participação das mulheres na cena, mostrando que todas são artistas, criadoras e transformadoras do seu dia-a-dia. Além de uma atividade cultural comemorativa. 

Para uma das organizadoras do evento, Priscila Ladeira, o saldo do encontro é positivo, ainda com a ausência de alguns municípios. “A participação foi boa, tivemos um espaço importante para a ampliação e fortalecimento do Movimento. Também conseguimos olhar de forma especial para os municípios que não vêm participando e traçar estratégias para chegar até eles”, conclui a técnica do CTA.




Coordenadora do Mulheres e Agroecologia em Rede se reúne com o ministro do Desenvolvimento Agrário

A coordenadora do projeto "Mulheres e Agroecologia em Rede" do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA), Beth Cardoso, participou de uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, no dia 5 de fevereiro. Na oportunidade, a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) entregou o relatório “Cuidar da terra, alimentar a saúde e cultivar o futuro”, elaborado coletivamente por mais de dois mil participantes de movimentos sociais do Brasil durante o III Encontro Nacional de Agroecologia.
Em uma proposta de diálogo permanente, o ministro conheceu as demandas dos movimentos sociais para o desenvolvimento da agricultura familiar e sinalizou medidas para avançar no cumprimento. Em matéria do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias afirma que “a ideia é que, futuramente, façamos um fórum, com um espaço bem amplo para discussões sobre os assuntos pertinentes à agricultura familiar, estabelecendo um cronograma mínimo de ação”.
No documento apresentado a Patrus, a agroecologia é defendida como a alternativa para vários desafios que a sociedade vem enfrentando, como a superação da miséria, a concretização dos anseios da população por uma alimentação saudável, a saúde coletiva, a conservação dos bens naturais e das paisagens rurais, a preservação do patrimônio cultural, a geração de trabalho associado com distribuição de renda, as relações de igualdade entre homens e mulheres e oportunidades para jovens ao pleno exercício da cidadania política e econômica e, finalmente, o desenvolvimento de uma cultura de paz.
O relatório traz ainda as conquistas e desafios vividos pelas agricultoras e agricultores familiares, camponeses, povos indígenas e comunidades tradicionais, responsáveis pela produção de 70% dos alimentos consumidos no país. Beth Cardoso reafirmou a necessidade de os governos estaduais e federal atuarem com políticas públicas, linhas de crédito específicas e serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) voltados para o público feminino: “As mulheres ainda vivem em situação de desigualdade, em especial as do campo. É preciso que todos estejam atentos a isso”. 
Mais informações podem ser conferidas na matéria produzida pela TV do Ministério de Desenvolvimento Agrário:




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Terceiro módulo do PFFA é realizado no nordeste

O Programa de Formação Feminismo e Agroecologia (PFFA) teve seu terceiro módulo realizado no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, em Fortaleza – CE. Entre os dias 28, 29 e 30 de janeiro, 34 mulheres de seis estados nordestinos (Piauí, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Cerará e Bahia) fizeram a formação sobre os temas: Economia Solidária, Economia Feminista e Políticas Públicas.

O encontro teve seu início com abordagens sobre economia solidária e consumo consciente. Utilizando metodologias de educação popular, foi mostrada a importância de se observar os produtos consumidos, e as mulheres da rede verificaram se tais produtos atendiam suas necessidades e se eram de qualidade. Posteriormente, na atividade do intercâmbio, elas visitaram a BUDEGAMA, um espaço de produção e comercialização da Associação das Mulheres em Ação (AMA) que trabalha com produção coletiva, economia solidária e fundo rotativo.


Também foi realizada a Roda Viva, uma dinâmica de discussão mais abrangente onde se tratou de vários outros temas como: acesso às políticas públicas, agroecologia como modelo de sustentabilidade e segurança alimentar. Por meio de uma encenação teatral, foram apresentados os resultados da Caderneta Agroecológica. Ainda houve uma confraternização na noite cultural e as mulheres se emocionaram ao receber o certificado de conclusão das formações do PFFA.