Aproveitando
a tarde livre do Programa de Formação em Gestão de Empreendimentos (PFG),
mulheres da região Sudeste compareceram ao protesto contra o projeto de lei da
terceirização (PL 4330), que aconteceu na última quarta-feira (15/04), em Belo
Horizonte (MG).
O ato fez
parte do dia nacional de paralisação contra o PL 4330, mobilizado pela Central
Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo a Central, o protesto na capital mineira
contou com a presença de duas mil pessoas, de diferentes movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos da região.
As participantes do PFG levaram faixas alertando sobre os prejuízos da terceirização para a vida das mulheres e cartazes em defesa da agroecologia. No Brasil, as mulheres representam a maioria dos terceirizados e, se aprovado, o PL 4330 vai incentivar e ampliar este tipo de contratação, gerando precarização dos empregos.
Um estudo apresentado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) e pela
CUT aponta que trabalhadoras e trabalhadores
terceirizados cumprem uma carga horária superior em comparação aos empregados
diretos (em média, trabalham por semana, três horas a mais). Apesar disso,
recebem uma remuneração 27% menor e têm menos chances de permanecerem no emprego.
Entre 2010 e 2014, 90% das pessoas resgatadas nos dez maiores flagrantes de
trabalho escravos no Brasil eram terceirizadas e 80% dos acidentes de trabalho
e mortes aconteceram em empresas terceirizadas.
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