Boldo,
marcela, cambará, funcho, hortelã. De bom para dor de cabeça e de estômago a
calmante e mata-piolho... uma diversidade de aprendizados vividos pelo grupo de
mulheres da Comunidade Lanço Grande, em Santana do Manhuaçu, no curso de
medicina alternativa realizado na última sexta-feira (24/04).

No
primeiro momento do curso houve um espaço de compartilhamento de histórias
sobre a efetividade do uso das ervas para curar doenças e melhorar a qualidade
de vida. Vera Lucia contou que após ter passado por muitos médicos, a medicina
alternativa a curou de uma grave doença. Sempre associando a religiosidade e a
fé ao processo de cura, ela afirmou que “graças às plantas e à terra que Deus
deixou eu estou aqui”.
Após
os relatos, a atividade de reconhecimento das plantas, suas funções e formas de
utilizações ganhou lugar. Distribuídas cartilhas a cada participante, o
terceiro e último tópico desenvolvido no curso foi a análise minuciosa do
livreto, que continha uma extensa lista de plantas, uma espécie de dicionário
de ervas medicinais.
Ao
final, satisfeitas com o dia de trocas de saberes, todas as mulheres quiseram
levar para suas hortas as mudas utilizadas na oficina. “Aqui a gente pode tirar
as dúvidas e conhecer mais as plantas. Eu gostei demais de saber para o que
serve cada plantinha e como é que faz os chás”, relata a lavradora da
comunidade Lanço Grande, Maria Aparecida Freitas Antunes.
Está pré-agendado
para o próximo mês de maio um segundo módulo do curso que pretende abordar com
profundidade o uso da terra, em forma de argila, para curar doenças.