sexta-feira, 10 de julho de 2015

Do quintal pra cozinha: o sabor da agroecologia

O ambiente da cozinha do Centro de Tecnologias Alternativas, o CTA, estava contagiante, na última quarta-feira (08/07). Ao redor da mesa colorida por uma vasta quantidade de alimentos, 18 mulheres, de grupos produtivos de Diogo de Vasconcelos e de Viçosa, distribuíam brincadeiras e gargalhadas.
Coxinha, bolo de cenoura, de laranja, pão de batata. As receitas favoritas de cada uma das agricultoras familiares ganhavam um novo formato, o sabor agroecológico. O inhame virou massa de coxinha; féculas de arroz, de batata, de milho e de mandioca mescladas serviram de base para os bolos, substituindo a farinha de trigo industrializada. Na “cozinha da vida” o transgênico e o industrializado não tiveram vez, o protagonismo ficou para o quintal, para o aproveitamento da diversidade de alimentos.
Coordenando o dia de atividades na cozinha, a culinarista agroecológica Renata Solar estimulou, do início ao fim, as participantes a usarem a criatividade para fazer de seus quintais verdadeiras fontes de saúde.
“A culinária agroecológica é mais do que seguir uma receita perfeitamente. Aqui a gente aprendeu a importância de construir, de usar a criatividade para transformar aquelas receitas que gostamos com os alimentos que vêm do nosso próprio quintal. Hoje foram bolos, pães, coxinha, mas podemos ter produtos agroecológicos de qualquer outra receita, basta tentar, experimentar”, enfatizou Renata.
A agricultora familiar e empreendedora viçosense Maria Luciana de Souza, dona da "Cozinha da Luciana", se mostrou bastante participativa na oficina  e quer implantar os novos conhecimentos na produção dos seus bolos o quanto antes. “Foi um dia muito divertido. Eu sou tímida, mas me senti muito à vontade com as companheiras. E também é ótimo aprender coisas novas. Vou tentar agora começar a trocar a farinha de trigo tradicional pelas que a gente aprendeu a fazer hoje”, relata Luciana.
Para Elismar dos Santos “a vida sem aprendizado não tem sentido”, a agricultora da Comunidade de Bela Vista, de Diogo de Vasconcelos, acredita que a oficina proporcionou muito conhecimento para ela. “Eu vim para aprender um pouco mais, conhecer pessoas, fazer novas amizades. E, de presente, ainda aprendi a dar mais valor ao que eu tenho em casa”, exclamou sorridente, Elismar.
         Ao final da tarde, todas as participantes puderam provar das delícias produzidas durante a oficina. As comidas foram acompanhadas de chá verde e suco da casca do abacaxi.






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