quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Análise de conjuntura marca a última reunião anual do GT Mulheres da ANA





Entender os desafios do atual contexto para fortalecer a defesa das pautas feminista e agroecológica no Brasil. Com este objetivo, cerca de 30 mulheres que compõem o Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (GT Mulheres da ANA) se reuniram entre 24 e 25/11, em Mario Campos (MG). No encontro, estratégias de atuação regional e nacional foram construídas pela rica diversidade de organizações e movimentos sociais representados.
A conjuntura nacional e internacional foi analisada com a contribuição das convidadas Bernadete Monteiro, da coordenação executiva da Marcha Mundial das Mulheres (MMM); Larissa Costa, do jornal Brasil de Fato; e Soniamara Maranho, integrante da direção nacional do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB). Os principais assuntos por elas abordados foram o processo de crise econômica e política, as correlações de forças e o aprofundamento das desigualdades de gênero neste cenário, a representação das mulheres na grande mídia brasileira e a necessidade de democratização da comunicação, a ofensiva conservadora, o impacto socioambiental dos grandes projetos na sociedade, a exemplo da tragédia provocada pela Samarco (Vale S.A./ BHP Biliton) em Mariana.
Diante das reflexões geradas, foram aprofundados os atuais enfrentamentos no campo agroecológico, com as debatedoras Miriam Nobre, da Sempreviva Organização Feminista (SOF), Beth Cardoso, da coordenação do GT Mulheres da ANA, e Laeticia Jalil do GT Gênero da Articulação Brasileira de Agroecologia. A crítica ao modelo de desenvolvimento perpassou vários aspectos, abordando a forma como a atual política econômica do Governo Federal incide sobre a pauta da agroecologia, em um claro processo de secundarização da temática, os cortes no orçamento e as opções políticas que determinaram a extinção da SPM (Secretaria de Políticas para Mulheres), os prejuízos causados pelos atuais reduções de recursos para as políticas sociais e o recuo no lançamento do PRONARA (Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos).
Ganharam destaque, a partir das análises, as estratégias regionais e nacionais de fortalecimento das articulações de mulheres junto às organizações agroecológicas e no diálogo com o governo e com os movimentos sociais. Acompanhe os principais encaminhamentos abaixo:


Nenhum comentário:

Postar um comentário