quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

MMZML revigora as forças e planeja metas para os próximos anos

Mais de 40 agricultoras familiares representantes de 15 municípios da Zona da Mata mineira estiveram presentes no Centro de Tecnologias Alternativas (CTA) nos últimos 9 e 10 de dezembro. Na ocasião aconteceu o encontro final deste ano do Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas Gerais (MMZML) em conjunto com o seminário de mulheres atendidas pelo projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Agroecológica.
O objetivo da reunião foi realizar o diagnóstico e o planejamento das ações específicas com mulheres para os próximos dois anos. Segundo Natália Moura, técnica do programa Sociobiodiversidade do CTA, foi possível conhecer as demandas apresentadas pelas agricultoras para que a assistência prestada pela ONG atenda às necessidades por elas vivenciadas. A partir das metodologias participativas utilizadas no decorrer do encontro, as mulheres expressaram suas realidades, seja por meio da arte, como no Teatro do Oprimido, seja por meio dos diálogos em grupo e em plenária.
O encontro contou ainda com uma noite cultural em que as participantes puderam assistir ao documentário “As sementes” e também fizeram apresentações artísticas como danças, músicas, teatros e piadas.
A coordenadora do projeto “Mulheres e Agroecologia em Rede”, Dora Feiral, avalia que seminário foi satisfatório, fortalecendo a articulação do movimento de mulheres e suas parcerias na região, a partir do planejamento estratégico para o próximo ano. No seminário foi possível organizar ainda a agenda coletiva das atividades envolvendo os municípios presentes estabelecendo as datas dos novos encontros do movimento.

Para a agricultora familiar Eliane Magalhães de Santana do Manhuaçu planejar as ações é fundamental para garantir a maior participação das envolvidas e promover mudanças na realidade das mulheres. A agricultora conta da própria transformação pela qual passou depois que conheceu o movimento de mulheres. “Eu era muito cabeça dura, fui criada com minha avó e ela tinha um jeito muito fechado de viver e de pensar. E com esses encontros consegui abrir minha cabeça. Lá aprendemos a lidar com as nossas famílias, para que elas valorizem a mulher também. O movimento empodera a mulher, o que é muito importante nos dias de hoje. E nós participamos dele não é para nos engrandecer sozinhas e dizer que somos demais, e sim para buscar conhecimento e forças uma com as outras para continuar caminhando”.
 

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