terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Participantes do CTA são homenageadas no concurso Margarida Alves

As agricultoras Maria Lúcia de Cristo e Mary Delazzari e a assessora de comunicação do projeto “Mulheres e Agroecologia em Rede”, Angélica Almeida, receberam premiação e menção honrosa na quarta edição do concurso Margarida Alves de Estudos Rurais e Gênero. A solenidade aconteceu no auditório do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, no dia 9 de dezembro.

O prêmio Margarida Alves é uma homenagem a uma importante defensora dos direitos humanos e dirigente sindical assassinada na Paraíba e busca visibilizar e reconhecer o papel das mulheres nas unidades de produção, por meio de experiências científicas, acadêmicas e populares. Nesta edição, a inscrição de trabalhos se deu em três categorias distintas: ensaio inédito, relatos de experiências e memórias.

As memórias “Mulher de Fibra: por vida e profissão” e “Trajetórias das agricultoras em Simonésia, MG: conquistas e desafios” e concorreram com mais de 40 trabalhos ligados ao tema “Mulheres e Agroecologia” no Brasil. Ao todo, 14 foram premiados com recursos e cinco receberam menção honrosa, em reconhecimento à qualidade dos trabalhos. Todas as autoras selecionadas receberam certificado e terão suas experiências publicadas em coletânea no primeiro semestre de 2015.

O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, destacou a importância de registrar e divulgar o protagonismo das mulheres na defesa de uma vida saudável e justa no campo, para que outras pessoas conheçam e sejam estimuladas pelas histórias. “Nesta edição, o tema é a agroecologia, uma produção mais próxima à natureza e, portanto, uma produção mais próxima da vida. São as mulheres que dialogam mais e melhor com essa agenda e os trabalhos premiados afirmam a luta pela igualdade de direitos na sociedade brasileira”.


Mary Delazzari emocionou-se diante da conquista e se sentiu “muito feliz e orgulhosa, por ser agricultora familiar e ver o trabalho do grupo de artesãs em Acaiaca-MG sendo reconhecido”. Reconhecimento este potencializado pela atuação do CTA em promover a agroecologia como ciência, prática e movimento, sobretudo, a partir dos trabalhos específicos com agricultoras e grupos produtivos de mulheres. Há 27 anos presente na Zona da Mata de Minas Gerais, o CTA busca contribuir no processo de superação de desigualdades de gênero, no maior acesso das mulheres rurais às políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e na melhoria das condições de vida por meio da autonomia gerada na qualificação da produção agroecológica e da organização econômica de mulheres.


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