segunda-feira, 5 de maio de 2014

Segunda turma de mulheres conclui terceiro módulo do PFFA

O Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata sediou, nos dias 24 e 25 de abril, o terceiro módulo do Programa de Formação em Feminismo e Agroecologia (PFFA), com a turma de mulheres das cidades de Divino, Orizânia, Espera Feliz e Caparaó. Com o tema ‘’Economia Solidária, Economia Feminista e Políticas Públicas’’, o projeto Mulheres e Agroecologia em Rede ofereceu, durante os dois dias, atividades de capacitação às mulheres.
            O Supermercado Compre Mais, uma das dinâmicas da programação, dividia as mulheres em grupos de acordo com o número de pessoas de cada família e promovia a compra coletiva em um mercado semelhante aos convencionais. Após irem as compras, as mulheres receberam orientações da nutricionista Regina Oliveira  que deu dicas para uma alimentação mais saudável e equilibrada de acordo com as compras realizadas.
            O Roda Viva, outra atividade do Programa de Formação, contou com a participação da nutricionista Silvia Priori e Paulo Júnior, integrante do Projeto Cooperar,  que debateram questões sobre políticas públicas. Os Programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA) também entraram em pauta, sendo discutidas, durante o debate, as estratégias e leis que regulamentam a agricultura familiar.
            Na última atividade, realizada na sexta à tarde, as mulheres foram levadas para a sede da ‘’Rede Raízes da Mata’’, onde receberam instruções e tiraram dúvidas sobre o escoamento da produção rural. A estudante de Economia e integrante da Rede, Anajá de Oliveira, em conversa com a turma, ressaltou a importância da divulgação das alternativas aos mercados convencionais como forma de fortalecer a agricultura familiar: ‘’Por meio do intercâmbio, os produtores se sentem contemplados e compram a ideia da Rede porque passam a confiar no trabalho desenvolvido’’.
A produtora rural Quitéria Ramos, de Espera Feliz, participou do Programa de Formação pela primeira vez e ficou impressionada com a quantidade de ensinamentos que foram acumulados em apenas dois dias. Segundo ela, a visita à Rede foi especialmente marcante, pois ‘’foi uma forma de nos ajudar a conhecer mais sobre as técnicas e possibilidades de escoar a nossa produção, o que é uma dificuldade pra nós hoje em dia’’. Quitéria ressalta que irá voltar pra casa com a missão de levar também às mulheres de sua cidade tudo o que foi aprendido durante o programa.
Técnica  do Projeto  Mulheres e Agroecologia em Rede, Priscila Ladeira chama a atenção para o número de mulheres novas que participaram desse módulo do Programa de Formação e que estão engajadas em grupos de mulheres de suas respectivas cidades: ‘’Existem mulheres com esse desejo de se organizarem e o nosso papel é descobri-las e articulá-las para que possam alcançar o seus objetivos’’.

A agricultora Neiva Célia, de Orizânia, destaca como principal ponto positivo do Programa o incentivo dado às mulheres para que essas possam lutar por autonomia: ‘’Nós temos que defender os nossos direitos, encontramos dificuldade para isso, para chamar todas as mulheres e nos unir, mas é um esforço que vai valer a pena, o trabalho e a luta tem de ser coletivos’’. 









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