Entre os dias 8 e 9 de maio, o Centro de Tecnologias Alternativas
sediou o terceiro módulo do Programa de Formação Feminismo e Agroecologia (PFFA).
O tema trabalhado no último módulo foi: Economia Solidária, Economia Feminista e
Políticas Públicas. O PFFA contou com a participação de mulheres dos municípios
de Araponga, Ervália, Guidoval, Paula Cândido, Visconde do Rio Branco e Viçosa.
Na quinta-feira, as atividades começaram com a dinâmica sobre
Consumo Consciente, ministrada pela nutricionista Regina Oliveira. Em um
supermercado fictício, as mulheres compraram aquilo que geralmente compõe a
lista mensal. Posteriormente cada item da lista foi analisado pela
nutricionista. Ela debateu questões relacionadas à qualidade dos alimentos
processados e a necessidade de consumi-los; indicou a leitura dos rótulos, conversou
sobre a ingestão de alimentos transgênicos, seus malefícios para a saúde e etc.
O programa, através da metodologia Roda Viva, também discutiu duas políticas públicas: o Programa Nacional
de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A
metodologia, possibilitou o diálogo entre as participantes do PFFA e três
convidadas: Silvia Paoli, pró-reitora de assuntos comunitários, Vera Fialho e
Karina Lopes, técnicas da Emater . Neste espaço, as mulheres puderam trocar as
experiências e os desafios que estão tendo com a agricultura familiar no âmbito
da venda da produção e o acesso aos mercados consumidores.
Também foi
discutida a Caderneta Agroecológica, instrumento criado para o gerenciamento de
toda a produção que tem como responsável a mulher. Nela, são anotadas todas as
saídas, entradas, trocas e vendas do que é produzido na propriedade. Desta
forma, é possível estabelecer a importância do trabalho da mulher e como a
renda gerada por ele auxilia nas contas da família.
Já na sexta
de tarde, as mulheres visitaram a Rede Raízes da Mata. A técnica Erica
Monteiro, contou que a rede é uma forma alternativa de comercialização não
convencional, ou seja, não é um mercado, não é sacolão, não é feira, mas é um
sistema de encomendas onde, o comprador faz o pedido e o agricultor que produz
o produto, leva o numero exato dos mesmos.
Na roda de conversa, aconteceu uma troca de experiências onde todos compartilharam as dificuldades que enfrentam na questão da venda e na comercialização dos produtos. Erica destaca que esse espaço foi bastante rico: “elas passaram boa parte das questões do dia a dia delas, da experiência de vida delas, foi bem legal”.
A artesã
Maria das Graças, diz que foi muito bom participar, e que, além de ter
aprendido bastante, também está passando o conhecimento dela para outras
pessoas. A estudante Clarisse Silva, contou que quando chegou ao CTA, só havia
ela de mais nova, mas que o aprendizado foi tão útil para ela quanto foi para
as outras mulheres mais velhas. Sobre a participação no terceiro módulo, ela
acrescenta: “Eu gostei da passeata que a gente fez na universidade hoje, de ter
conversado com a Silvia e com as outras mulheres. É sempre bom ter experiências
novas, eu acho muito interessante”.
Para encerrar
o terceiro módulo do PFFA, à noite foi realizada a formatura da turma. Na
cerimônia, foram entregues os portfólios às mulheres participantes do Programa.
Após a entrega, a paraninfa da turma, Adeline Cunha fez uma apresentação
musical.
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