O Centro de Tecnologias Alternativas da
Zona da Mata sediou, nos dias 3, 4 e 5 de abril, o terceiro módulo do Programa
de Formação em Feminismo e Agroecologia (PFFA), cujo tema foi Economia Solidária, Economia Feminista e
Políticas Públicas. A primeira turma do Programa, composta por mulheres das
cidades de Santana de Manhuaçu e Simonésia, participou de diversas atividades
de capacitação durante os três dias do evento.
O Roda Viva, uma das atividades desenvolvidas
pelo projeto, promoveu um debate sobre Vigilância
Sanitária e Economia Feminista e Solidária, com a participação das economistas
domésticas Karina e Vera Fialho da Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER- MG). Para a coordenadora do
projeto Mulheres e Agroecologia em Rede, Elisabeth
Maria Cardoso, a atividade foi uma oportunidade de debater os temas com
especialistas da área, além de permitir que as participantes criem um espaço de
discussão bastante produtivo.
A produtora rural Eliane
Magalhães, de Santana de Manhuaçu, considerou o Roda Viva como a chance para
tirar dúvidas e colher informações que serão úteis no futuro: ‘’Temos um grupo
de mulheres e queremos construir, em breve, uma padaria, e como a gente tem
muita dúvida nessa questão da vigilância sanitária, o encontro foi muito
importante pra nós’’.
Outra atividade bastante elogiada pelas
participantes foi a visita feita ao projeto Rede Raízes da Mata. Criado com o
objetivo de ampliar e consolidar a Rede Agroecológica de Prosumidores Raízes da
Mata, a iniciativa busca elevar a renda dos agricultores da região, criando
mecanismos para que estes possam escoar a sua produção com mais facilidade.
A integrante do projeto, Érica Monteiro,
afirma que a Rede tem cumprido o seu papel uma vez que ‘’dá visibilidade aos
produtos e impede que haja perda de alimentos, uma vez que o produtor fornece a
quantidade pedida sabendo que ela será comercializada’’. Durante o encontro, as
mulheres puderam conferir de perto a estrutura da Raízes da Mata, além de tirar
dúvidas sobre suas respectivas produções.
A programação do PFFA também contou com
oficinas de dramatização, de preenchimento da caderneta agroecológica, e também
do mapa da propriedade, atividades que contemplaram os temas de maneira
dinâmica e interativa, aliando também noções de consumo consciente, segurança
alimentar e comercialização.
A Diretora do Departamento das Mulheres
de Simonésia, Sônia Teodora, classifica o Programa, como uma oportunidade única
de aprendizado: ‘’É uma forma de aprendizado completo, que eu posso levar
também pras mulheres do meu sindicato. É uma oportunidade de a gente estar
crescendo. Acumular conhecimento faz com que a gente possa pôr em prática e
também levá-lo para outras pessoas’’.
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