Belo
Horizonte, 08 de março de 2016
Somos
850 mulheres do campo e da cidade reunidas nos dias 07 e 08 de março de 2016 na
Assembléia Legislativa de Minas Gerais, vindas de todas as regiões do estado,
de mais de 40 organizações.
Neste 08 de março, dia internacional da
mulheres, nosso tema é questionar o modelo de desenvolvimento em MG, vinculado
à dependência das migalhas dos impostos sobre a mineração, toda essa nossa riqueza é destinada para a exportação e
os lucros extraordinários ficam para seus acionistas e rentistas e nós mulheres
ficamos com a violação dos direitos humanos que aumenta a cada. Viemos
denunciar todas as lamas que estão em nossas vidas e que historicamente nos
violentam e matam: QUEREMOS NOSSOS DIREITOS. Queremos o fim da violência que
sofremos por sermos mulheres, acesso a creches/ educação infantil para nossos
filhos e filhas, salário igual para trabalho de igual valor, fim do assédio
moral e sexual, direito aos nossos territórios e pelos direitos sexuais e
reprodutivos, por políticas públicas de saúde, educação, saneamento para as
mulheres do campo e da cidade, o fim da tarifa de energia mais cara do Brasil,
a ampliação da participação na política e que só virá com uma constituinte
exclusiva, soberana e popular.
Queremos
que seja revisto o acordo do grande crime em Mariana e toda a Bacia que trata
da recuperação do Rio Doce e das indenizações assinadas entre Governos e a Samarco,
onde não consta em nenhum momento a participação dos atingidos e atingidas,
dando liberdade ao criminoso fazer o que quiser com suas vítimas.
Exigimos
que esta casa dê prioridade à votação e que aprove a política estadual de
tratamento às famílias atingidas por barragens e outros empreendimentos, que
chega nesta casa no dia de hoje. Vamos acompanhar cada passo no debate e
votação da mesma.
Exigimos
assinatura imediata do decreto de desapropriação da área da fazenda Aradinópolis
e suspensão do despejo marcado para o
dia 10 de março deste ano.
Somos
mulheres em luta contra o golpe em defesa da democracia, porém não permitiremos
que sejam tirados nossos direitos historicamente conquistados, estaremos postas
e nas ruas no dia 18 de março.
Seguiremos em marcha até que todas sejam
livres!
Fora
Cunha inimigo das mulheres!
Mulheres,
minério água e energia não são mercadoria!
Somos
todas atingidas queremos nossos direitos!
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