quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas planeja ações para 2015

O Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas Gerais (MMZML), articulação regional que reúne 15 municípios, se reuniu ontem e hoje (10 e 11/02), no Centro de Tecnologias Alternativas (CTA). Mais de 20 mulheres representaram suas comunidades no primeiro encontro de 2015, que teve como objetivo o planejamento estratégico das ações do movimento para todo o ano.


A agricultora Maria de Fátima Vieira Calinçani (54) volta para o município dela, Santa Margarida, cheia de vontade de repassar o que aprendeu. “Eu gosto demais de vir aqui, já é o segundo ano seguido que eu venho ao CTA. As atividades que a gente faz e aprende ajudam muito a conseguir ensinar outras mulheres lá da comunidade”,  conta a margaridense.
Buscando fortalecer a articulação regional e as comissões de mulheres nos municípios, o número de coordenadoras para três sub-regiões foi ampliado, agrupando as cidades mais próximas. A primeira sub-região engloba Acaiaca, Araponga, Diogo de Vasconcelos, Ervália, Guidoval, Paula Cândido, Viçosa e Visconde do Rio Branco, sendo coordenada por Maria Irani. A segunda terá a coordenação da agricultora Renata Amorim e abarca as cidades de Caparaó, Divino, Espera Feliz e Orizânia. A agricultora Sônia Aparecida representa o terceiro grupo de municípios: Santana do Manhuaçu, Santa Margarida e Simonésia.   

A trabalhadora rural Solange Borges Peron (38) da Comunidade de Fátima, em Espera Feliz, considerou muito proveitosa a oportunidade de estar em contato com as lideranças do MMZML. Para ela esse “é um momento muito importante porque a gente pode trazer as propostas de lá da nossa comunidade e discutir com as companheiras de vários outros municípios que também dividem suas lutas e anseios nos muitos debates que temos aqui. Esse momento é de muita reflexão, de colocar os pontos positivos e negativos dos nossos sindicatos e comunidades para fortalecer o nosso Movimento de Mulheres”.
Dentre os assuntos debatidos, foi programada a agenda de participação das mulheres em eventos de abrangência estadual e nacional, como a Marcha das Margaridas, a Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, o Encontro Mineiro dos Movimentos Sociais, e os atos e celebrações do Dia Internacional da Mulher. Também foram apresentados os projetos aprovados que beneficiarão as agricultoras participantes do Movimento de Mulheres. São eles: o EcoForte, a Assistência Técnica e Extensão Rural ATER-Agroecologia e o Cáritas do Fundo Nacional de Solidariedade.


Também fizeram parte da programação: uma oficina com receita e degustação de acarajé, facilitada pela baiana e voluntária do CTA, Claudemira Costa Luz; apresentação de alguns resultados da pesquisa feita nos quintais agroecológicos manejados por mulheres, a partir da Caderneta Agroecológica; e uma atividade de capacitação do Teatro do Oprimido, na modalidade do Teatro Fórum, que motiva a discussão e a participação das mulheres na cena, mostrando que todas são artistas, criadoras e transformadoras do seu dia-a-dia. Além de uma atividade cultural comemorativa. 

Para uma das organizadoras do evento, Priscila Ladeira, o saldo do encontro é positivo, ainda com a ausência de alguns municípios. “A participação foi boa, tivemos um espaço importante para a ampliação e fortalecimento do Movimento. Também conseguimos olhar de forma especial para os municípios que não vêm participando e traçar estratégias para chegar até eles”, conclui a técnica do CTA.




Um comentário:

  1. Parabéns a todas vocês!!
    Desejamos uma caminhada de aprendizado e conquistas para 2015!
    Contem com nosso apoio!!
    Núcleo de Estudos em Extensão Rural e Despertar Agroecológico - NERUDA da UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros, Campus Janaúba/MG

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