O
Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas Gerais (MMZML), articulação regional que reúne 15 municípios, se reuniu ontem e hoje (10 e 11/02),
no Centro de Tecnologias Alternativas (CTA).
Mais de 20 mulheres representaram suas comunidades no primeiro encontro de 2015, que teve como objetivo o planejamento estratégico das ações do movimento
para todo o ano.
A
agricultora Maria de Fátima Vieira Calinçani (54) volta para o município dela,
Santa Margarida, cheia de vontade de repassar o que aprendeu. “Eu
gosto demais de vir
aqui, já é o segundo ano seguido que eu venho ao CTA. As atividades que a gente
faz e aprende ajudam muito a conseguir
ensinar outras mulheres lá da comunidade”, conta a
margaridense.
Buscando
fortalecer a articulação regional e as comissões de mulheres nos municípios, o número de coordenadoras para três sub-regiões foi ampliado, agrupando as
cidades mais próximas. A primeira sub-região engloba Acaiaca, Araponga,
Diogo de Vasconcelos, Ervália, Guidoval, Paula Cândido, Viçosa e Visconde do
Rio Branco, sendo coordenada por Maria Irani. A segunda terá a
coordenação da agricultora Renata Amorim e abarca as cidades de Caparaó,
Divino, Espera Feliz e Orizânia. A agricultora Sônia Aparecida representa o
terceiro grupo de municípios: Santana do Manhuaçu, Santa Margarida e Simonésia.
A
trabalhadora rural Solange Borges Peron (38) da Comunidade de Fátima, em Espera Feliz, considerou muito proveitosa a oportunidade de estar em contato
com as lideranças do MMZML. Para ela esse “é um momento muito importante porque
a gente pode trazer as propostas de lá da nossa comunidade e discutir com as
companheiras de vários outros municípios que também dividem suas lutas e
anseios nos muitos debates que temos aqui. Esse momento é de muita reflexão, de
colocar os pontos positivos e negativos dos nossos sindicatos e comunidades
para fortalecer o nosso Movimento de Mulheres”.
Dentre
os assuntos debatidos, foi programada a agenda de participação das mulheres em
eventos de abrangência estadual e nacional, como a Marcha das Margaridas, a
Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, o Encontro Mineiro dos Movimentos
Sociais, e os atos e celebrações do Dia Internacional da Mulher. Também foram
apresentados os projetos aprovados que beneficiarão as agricultoras
participantes do Movimento de Mulheres. São eles: o EcoForte, a Assistência Técnica e Extensão Rural ATER-Agroecologia e o Cáritas do Fundo Nacional de Solidariedade.
Também fizeram parte da programação: uma oficina com receita e degustação de acarajé, facilitada pela baiana e voluntária do CTA, Claudemira Costa Luz; apresentação de alguns resultados da pesquisa feita nos quintais agroecológicos manejados por mulheres, a partir da Caderneta Agroecológica; e uma atividade de capacitação do Teatro do Oprimido, na modalidade do Teatro Fórum, que motiva a discussão e a participação das mulheres na cena, mostrando que todas são artistas, criadoras e transformadoras do seu
dia-a-dia. Além de uma atividade cultural comemorativa.
Para
uma das organizadoras do evento, Priscila Ladeira, o saldo do encontro é
positivo, ainda com a ausência de alguns municípios. “A participação foi boa,
tivemos um espaço importante para a ampliação e fortalecimento do Movimento.
Também conseguimos olhar de forma especial para os municípios que não vêm
participando e traçar estratégias para chegar até eles”, conclui a técnica do
CTA.
Parabéns a todas vocês!!
ResponderExcluirDesejamos uma caminhada de aprendizado e conquistas para 2015!
Contem com nosso apoio!!
Núcleo de Estudos em Extensão Rural e Despertar Agroecológico - NERUDA da UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros, Campus Janaúba/MG