A
coordenadora do projeto "Mulheres e Agroecologia em Rede" do Centro
de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA), Beth Cardoso, participou de
uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, no dia 5 de fevereiro. Na oportunidade, a Articulação Nacional de
Agroecologia (ANA) entregou o relatório “Cuidar da terra, alimentar a saúde e
cultivar o futuro”, elaborado coletivamente por mais de dois mil participantes
de movimentos sociais do Brasil durante o III Encontro Nacional de
Agroecologia.
Em
uma proposta de diálogo permanente, o ministro conheceu as demandas dos
movimentos sociais para o desenvolvimento da agricultura familiar e sinalizou
medidas para avançar no cumprimento. Em matéria do Ministério do Desenvolvimento
Agrário, Patrus Ananias afirma que “a ideia é que,
futuramente, façamos um fórum, com um espaço bem amplo para discussões sobre os
assuntos pertinentes à agricultura familiar, estabelecendo um cronograma mínimo
de ação”.
No documento apresentado a Patrus, a agroecologia é defendida como
a alternativa para vários desafios que a sociedade vem enfrentando, como a
superação da miséria, a concretização dos anseios da população por uma
alimentação saudável, a saúde coletiva, a conservação dos bens naturais e das
paisagens rurais, a preservação do patrimônio cultural, a geração de trabalho
associado com distribuição de renda, as relações de igualdade entre homens e
mulheres e oportunidades para jovens ao pleno exercício da cidadania política e
econômica e, finalmente, o desenvolvimento de uma cultura de paz.
O relatório traz ainda as conquistas e desafios vividos pelas agricultoras e agricultores familiares, camponeses, povos indígenas e comunidades tradicionais, responsáveis pela produção de 70% dos alimentos consumidos no país. Beth Cardoso reafirmou a necessidade de os governos estaduais e federal atuarem com políticas públicas, linhas de crédito específicas e serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) voltados para o público feminino: “As mulheres ainda vivem em situação de desigualdade, em especial as do
campo. É preciso que todos estejam atentos a isso”.
Mais informações podem ser conferidas na matéria produzida pela TV do Ministério de Desenvolvimento Agrário:
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