segunda-feira, 25 de novembro de 2013

GT Mulheres da ANA organizam seminário preparatório para o III ENA


Entre os dias 20 e 22 de novembro aconteceu, em Curitiba - PR, o seminário “Mulheres Rumo ao III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA)” que contou com a presença de 80 mulheres representantes de diversas organizações e movimentos sociais ligados à agroecologia, ao feminismo e ao direito das agricultoras familiares e camponesas no Brasil. O seminário foi uma iniciativa do GT Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), em parceria com a União Europeia (UE), Oxfan e Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e teve como objetivos  principais trazer uma reflexão sobre a agroecologia e as políticas públicas e afinar as pautas e os debates para o III ENA, que está previsto para maio de 2014, em Juazeiro - BA.


Programação
No primeiro dia do evento aconteceram as visitas de intercâmbio a diferentes experiências de agroecologia protagonizadas por mulheres em Curitiba e região. Uma delas foi a visita a uma cozinha comunitária, na comunidade Conceição dos Correias, no município de Campo Magro. A cozinha, que surgiu pela articulação da Associação Comunitária com o apoio do governo municipal, tem os objetivos de disponibilizar espaço e equipamentos para o beneficiamento de alimentos, fabricação de pães, polpas de frutas e outros produtos.

As mulheres também visitaram a agroindústria da família Escher que trabalha com produtos lácteos, produção de molho de tomate, fabricação de pães, geleias e beneficiamento de hortaliças. Todos os produtos possuem o certificado de produto orgânico do sistema solidário de certificação participativa da Rede Ecovida de Agroecologia. O selo Ecovida é uma forma de certificação que, além de garantir a qualidade do produto ecológico, permite o respeito e a valorização da cultura local através da aproximação entre agricultores e consumidores e da construção de uma Rede que congrega iniciativas de diferentes regiões.

A agroindústria da família Escher entrega produtos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para  Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e também comercializa em feiras na capital paranaense. Em relação ao acesso ao PAA, uma das coordenadoras do GT Mulheres, Vanessa Schottz, ressaltou que existem estudos indicando que, no Brasil, os produtos beneficiados são feitos pelas mulheres, mas vendidos no CPF dos homens. “Dessa maneira elas continuam invisíveis e não conseguem dominar os processos de comercialização. Épreciso mudar essa realidade.”

Após as visitas de intercâmbio, o grupo de mulheres participou da plenária da “Caravana Agroecológica e Cultural do Sul”, na Universidade Federal do Paraná, para debater, entre outros temas, as políticas públicas, o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e a promoção da segurança alimentar e nutricional.
No segundo e terceiro dias do seminário, a programação contou com uma mesa redonda com o Governo Federal, um debate sobre o crédito para as mulheres rurais e uma mesa sobre Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)para mulheres.

Segundo Vanessa Schottz, o evento cumpriu com o seu objetivo de promover a reflexão sobre a desigualdade no acesso das mulheres rurais às políticas públicas, além de construir propostas concretas para a superação dos diversos bloqueios e entraves. “O debate mostrou, inclusive, que o machismo permanece como um dos principais problemas e que existe uma visão, por parte dos técnicos, de que os projetos devem ser colocados em nome do homem considerado chefe de família. Por isso é tão importante esse diálogo entre o feminismo e a agroecologia, promovido pelo GT Mulheres da ANA.”











segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Comitê técnico do prêmio ODM Brasil avalia projeto Mulheres e Agroecologia

O Projeto Mulheres e Agroecologia em Rede, nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, realizou o Programa de Formação em Feminismo e Agroecologia (PFFA), no município de Espera Feliz. As atividades contaram com a participação de Renata Barreto e Elizabeth Marins, integrantes do comitê técnico do prêmio ODM Brasil. O Projeto foi avaliado dentro de um dos objetivos do milênio: Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.

Renata Barreto elogiou e destacou a importância do Mulheres e Agroecologia em Rede: “Um projeto interessante, principalmente pela conexão que consegue fazer entre um trabalho de base com as mulheres da região, articulando isso com outras regiões que trabalham com agroecologia. Um modelo ideal de intervenção na sociedade civil.”. Outra avaliação positiva foi a de Elisabeth Marins, que ficou bem impressionada com o projeto, pois ele “Dá voz a quem muitas vezes não tem.”.

O Prêmio ODM Brasil  está em sua quinta edição e recebeu 1.090 projetos inscritos. O projeto desenvolvido pelo CTA está entre os 60 selecionados, concorrendo à premiação final, que acontecerá em fevereiro de 2014 e premiará as 30 iniciativas com maior destaque.





sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Reunião da Comissão de Metodologia

A comissão de metodologia do projeto Mulheres e Agroecologia em Rede, entre os dias 22 a 24 de Outubro, realizou um encontro no Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata. O objetivo da reunião foi a articulação do Programa de Formação em Gestão e Empreendimentos Econômicos das Mulheres Rurais (PFG), além de promover uma avaliação do programa e suas atividades já concluídas. O projeto tem abrangência nacional e acontecerá em outras regiões do país, já está em curso na zona da mata mineira e planejada para iniciar suas atividades no próximo ano em outras regiões do sudeste, sul, nordeste e Amazônia.

Participaram da reunião as representantes das redes parceiras do projeto, são elas: GT Mulheres da ANA, Associação Nacional de Mulheres Camponesas (ANMC). Rede de Mulheres Empreendedoras da Amazônia, GT Gênero e Agroecologia, Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e Movimento de Mulheres da Zona da Mara e Leste de Minas (MMZML).

O Mulheres e Agroecologia em Rede contribui para a autonomia politica e econômica das mulheres participantes, visando o empoderamento técnico e politico, para que elas possam ter uma maior incidência nos processos de gestão e monitoramento das politicas publicas voltadas para o desenvolvimento rural. O projeto teve inicio em Março de 2013 e concluiu o primeiro modulo, com o tema Feminismo e Agroecologia como Projeto de Sociedade, em Maio do mesmo ano. Esta em atividade o segundo modulo, com o tema auto-organização e participação das mulheres.