Por Mateuzinho Pereira
Terminou,
na tarde desta quinta-feira (18), o 2° módulo do Programa de Formação
da Gestão de Empreendimentos Populares de Mulheres (PFG), promovido pelo
CTA, através do projeto Mulheres e Agroecologia em Rede. O curso, que
movimentou a sede da organização desde a última segunda-feira, recebeu
mulheres de várias cidades da região da Zona da Mata mineira para
debates variados sobre gestão de empreendimentos.
Márcia Donato é agricultora e mora em Diogo
de Vasconcelos (MG). Participando pela segunda vez do curso, ela afirma
que o que mais chamou a sua atenção foi o debate proposto pelo técnico
do CTA, Paulo Júnior, sobre as políticas públicas do PAA (Programa de
Aquisição de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação
Escolar). Além disso, Márcia relatou que no seu município existe um
grupo não formal de mulheres que vendem quitandas e hortaliças para os
dois programas citados acima. A agricultora garante que ganhou muito
conhecimento durante o programa de formação e alerta sobre uma questão
levantada no curso, que faz toda diferença no balanço das contas:
“Talvez a gente trabalha com um produto achando que está lucrando, mas
na verdade está perdendo dinheiro. Temos que ver qual produto é esse,
para tirá-lo da lista.”
A coordenadora do projeto “Mulheres e
Agroecologia em Rede”, Dora Feital, afirma que o 2º módulo trouxe como
conteúdo o resgate das experiências de campo que os grupos de mulheres
fizeram anteriormente e a discussão de questões que são de grande
importância para a organização de um grupo produtivo, como o registro, a
infraestrutura, a coordenação, a avaliação e outras linguagens. Dora
atesta a importância do Curso de Formação para sensibilizar, incentivar e
organizar esses grupos que continuarão sendo assessorados pelo CTA para
que eles se tornem fortalecidos e geradores de renda, além da
felicidade que proporciona para essas mulheres: “Creio que o principal
foco da formação tenha sido mesmo o fortalecimento dos grupos produtivos
de mulheres”, finalizou.